Ponderações sobre a inversão de valores!

Ao longo de nossa infância e juventude recebemos muitas orientações e ensinamentos  de nossos pais, familiares, mestres e guias espirituais (ou ao menos deveríamos receber), nestas fases vivemos muitas circunstâncias que devem servir de lição para nossas vidas, e estas podem marcar significativamente nossa personalidade e influir em nossas ações futuras, algumas de forma permanente.


Tempos atrás era mais comum na formação de qualquer indivíduo uma maior influência da religiosidade oriunda de nossos entes queridos e educadores, o que para nós que vivemos num país cristão nos permitia ter um maior contato com a Palavra de Deus e com os valores que ela nos transmite.


Conduzir a vida num clima de respeito familiar, aprender a agir com correção e medindo as conseqüências de nossas atitudes em relação as demais pessoas, valorizar a presença e o contato com as pessoas de nossas relações (parentes e amigos) dividindo momentos de felicidade e amor através de conversas e encontros, ser responsável e cuidadoso no agir, estudar e trabalhar com afinco sem perder a percepção de fazer parte deste grupo particular (família),  ter preocupação e zelo com os nossos e com aqueles que passam por nossas vidas, viver e partilhar cada momento bom ou ruim com integridade, serenidade, firmeza de caráter e solidariamente, eram atitudes e posturas comuns entre os que se inseriam (ou ainda se inserem) neste modo de vida.  

Do ponto de vista espiritual vivia-se sua crença com sinceridade, havia maior aproximação com a Igreja e com o que é sagrado, havia tempo e motivação para cultuar o que faz bem a nossa alma, Jesus se fazia presente para a maior parte das pessoas concretamente (como ainda faz para aqueles que insistem em preservar esta forma de viver). 


Com todas as mudanças ocorridas a reboque do "desenvolvimento social, econômico e tecnológico" que conduziu nosso povo a uma "evolução cultural", na forma de pensar e interagir, vemos surgir ou ser incentivado o surgimento de gerações de pessoas que progressivamente abrem mão de valores que acabam fazendo falta em nosso convívio social e degradam nossa forma de viver. 
As citadas gerações são formadas no seio da sociedade, através da divulgação massificada de tudo que apregoa o novo modelo social (com todos os seus "novos valores"), nas organizações, através dos meios de comunicação, filmes, etc.   Neste novo modelo social as pessoas passaram a "perder menos tempo", com as outras, com sua própria formação (que passa a ser técnica, dirigida ao material, laica, e cada vez mas autônoma) e não dão mais atenção ao aprendizado voltado para o bem estar da alma.

Claro que não queremos afirmar que tais mudanças se deram apenas em um momento, e não são objeto de transformações lentas e bem localizadas em um ambiente, seja social ou geográfico, ou que não há situações em que possam de alguma forma existir aspectos bons, que não implicam necessariamente em negação de valores e modo de vida das pessoas como eram antes. 
Não é saudosismo nosso ou mesmo descrença na sociedade atual, é uma constatação racional e de certa forma moderada. 
 
Neste processo percebemos que é cada vez mais evidente, uma orientação focada a criar uma "um exército de vencedores", onde as pessoas são avaliadas e medidas  pelo que constroem em termos de bens materiais, produção cultural (aceitável aos padrões sociais defendidos pelo modelo de sucesso) e uma intelectualidade com exacerbado racionalismo (mas nem sempre ética e moral), e sobre tudo extremamente permeada pelo individualismo, onde as relações sociais são superficiais e pouco duradouras.

"Vencedor", "forte", "homem de sucesso", "ídolo", "genial", são todos os que se destacam econômica e socialmente, que acumulam riquezas e detêm poder ou influência em alguma esfera, ou mesmo que ascendem de forma meteórica (muitas vezes sem se preocupar com valores verdadeiros: o respeito; a dignidade; honestidade; ética; escrúpulo; etc.).

Nem sempre é preciso ter de fato os símbolos do sucesso  (dinheiro, poder, popularidade, boa aparência, carros, mansões, jóias, roupas da moda, etc.) para ser "forte" e "poderoso", para muitos, basta aparentar um poder ou a ostentação para serem bem aceitos dentro destes padrões sociais onde infelizmente há uma forte negação dos valores tradicionais pela necessidade de  manutenção no "novo" sistema social, marcado pela injustiça, pela desigualdade, pelo desamor, pelo consumismo/materialismo e pela degradação de toda espécie do meio e das pessoas.

Não é necessário também que haja de fato a aparência (não preciso aparentar ter tanto quanto citamos), mas apenas o suficiente para ser aceito nos grupos de relacionamentos que priorizam tal forma de vida e procurar agir conforme seus padrões.  Ou seja, podemos até estar integrado a este meio a partir de uma falsa imagem (mentira, ou imagem forçada) que podemos alimentar.

Na verdade tudo o que mencionamos e vemos ocorrer, é uma contundente ação contrária ao amor e a Deus, e a tudo que nos ensinou Jesus Cristo!  Neste contexto, a fé, a religiosidade, o amor, a esperança, a caridade, a doação/abnegação, a fraternidade, a honra, a alma, o sagrado e o divino, até com muita freqüência são associados as pessoas "fracas" e "sem ambições", a "perdedores" e/ou "retrógrados", ou fora do contexto (uma espécie de inútil).  Justificando-se assim para os que se inserem na "nova estrutura social" utilitarista e cruel, a rejeição total a tudo o que possa tornar o indivíduo supostamente "fraco", "conformado", segundo os padrões agora vigentes.

Olhando para o que ocorre com nossas sociedades de uma forma geral (claro respeitando exceções e algumas ilhas de preservação dos valores maiores), podemos entender a razão para tanta violência, pobreza (material e/ou espiritual), degradação moral e social, e tantas outras agressões a Deus, ao planeta e ao próprio homem.  Vemos que há raízes profundas no enfraquecimento nas estruras básicas do indivíduo (representadas pela perda de valores que o formam, sobre os quais já nos referimos e dentre eles estão a fé e a percepção de Deus e do amor). E na nova concepção da sociedade a partir da desestruturação das famílias (quebrando os valores norteadores que a formavam, e também a partir da perda de identidade de cada indivíduo e seu papel no núcleo familiar).

Não somos reducionistas nem tentamos manter nosso olhar apenas em alguns aspectos do que leva a muitas das situações caóticas que afetam as sociedades atuais, mas não é exagero dizer que estão  totalmente ligadas as transformações (inversões de valores) que mencionamos. 

Quando citamos que sob as perspectivas atuais todos os que alimentam os verdadeiros valores e preservam o sentimento cristão, são tidos com muita freqüência como "fracos", "fanáticos", "alienados",  etc.  E que muitas das instituições que se mantém fiéis a tais valores (Igrejas, congregações, algumas organizações sociais assistenciais, etc.), são vistas como "atrasadas" e "decadentes", não é exagero nosso!  Na verdade é esta percepção que se dissemina em muitas instituições acadêmicas, nos órgãos de estado e de poder, em importantes organizações (empresas, sistemas de comunicação e entretimento, etc.), para como dissemos dar sustentação a um modelo social excludente e desumano a partir da quebra de valores que ameacem os interesses destes, tão somente pela manutenção do poder e pelo dinheiro em mãos de poucos, em detrimento da destruição do indivíduo e de uma sociedade fraterna e sustentável. 

Destruição do homem e de sociedades pautadas em valores cristãos é o que pretendem e ocorre muitas vezes, não é a toa que jovens e adultos de várias faixas etárias estão mergulhado em drogas, bebidas, prostituição e promiscuidade, ou sem perspectiva e futuro, sem formação e valores verdadeiros, e que a própria família está ameaçada (com dissoluções, desentendimentos entre pais e filhos, abandono de idosos e crianças, sem a presença do amor entre os que a compõem).  Quando as pessoas se sentem fracas (segundo os padrões atuais) e não têm a fé e a percepção de Deus, passam a ter os espaços relacionados a alma, consciência e a vida, preenchidos por vícios ou comportamentos desastrosos, por ausência de valores. 

Mesmo os que não estão a margem  dos "novos padrões " da sociedade, e poderiam não ser rotulados como "perdedores" não conseguem fugir as situações que alimentam as várias formas de violência a pessoas e ao meio, por uma razão simples estes "novos conceitos" não contemplam amor, fraternidade e tolerância, etc. Não contemplam Deus, e jogam os indivíduos num círculo destrutivo, onde há competição desenfreada e sem princípios onde só prevalece aquele que tiver, puder e concentrar mais de tudo o que estiver a seu alcance, em detrimento do que ocorra com todos os demais.    

Precisamos atuar de forma urgente, intensamente e efetivamente, para retomar em todas as áreas (educação, relações sociais, políticas de estado, etc.) nas quais as mudanças de valores ocasionaram transformações e processos que contribuíram para a perda de formação do indivíduo e da sociedade, baseada em valores de vida verdadeiros (a exemplo dos valores cristãos), na valorização da família, e na verdadeira crença em Deus e na força do seu amor. 

Lembrando apenas de algo primordial, o que quer que façamos deve estar em total sintonia com o que nos ensinou Jesus, e deve ser guiado pela força do Espírito Santo, para que a pretexto de fazer o bem e corrigir nossos rumos, não façamos nós o mal e venhamos a agir exatamente da mesma forma que agem os que criticamos!

Deus esteja convosco!

Flagrantes e opiniões no Foco BRASIL

Estamos elaborando e produzindo um novo instrumento de prestação de serviços de utilidade pública, de divulgação de ações sociais e expressão de opiniões, denúncia e informações.

Trata-se do blog Foco BRASIL que breve estaremos publicando, nele estaremos abordando questões relacionadas com o cotidiano e comportamento social, política, administração pública e povo.
Além de implementar, divulgar e apoiar ações de prestação de serviço de utilidade pública

Nossa abordagem será mais específica e isenta, numa linha de informação clara, que estará integrada as outras propostas, em alguns momentos complementando ações em curso, contudo com um formato diferente do trabalho que fazemos nesta página.

Manteremos um link direto com o novo blog aqui nesta sessão, a previsão é de realizar no mínimo uma publicação semanal através deste.

AGUARDEM!

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