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sábado, 16 de outubro de 2010

Contra a intolerância e o radicalismo político

Estamos assistindo a mais um trágico exemplo de intolerância religiosa e falta de compromisso com a ética na política. Feita com a exploração de valores cristãos, de forma leviana e interesseira, a exemplo dos boatos e atos de terrorismo político patrocinados por simpatizantes de Serra e seus comparsas udenistas demotucanos aliados com os representantes do conservadorismo.

Sou católico e busco a PALAVRA como fonte de inspiração e orientação, SOU A FAVOR DA VIDA E CONTRA TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA E MORTE (sejam chacinas, morte por abandono e péssimas condições de saúde, violência no trânsito, por subnutrição e fome, por vícios, bebida e drogas, assassinatos cotidianos), SOU PELA VIDA. Por isso sou a favor do emprego, da distribuição de renda e do resgate dos que estão em condições muitas vezes miseráveis, por isso voto no PT e na Dilma, pois no governo Lula tivemos a valorização da vida em sua forma mas ampla, com o resgate da dignidade do povo.

Muitos que divulgam e formentam a intolerância religiosa, esquecem que Jesus Cristo foi perseguido pelos defensores da Lei que viam nele uma ameaça, os Fariseus e Escribas jogaram o povo judeu contra o salvador. As cruzadas cristãs a inquisição católica foram atos violentos de assassinatos por intolerância religiosa, promovidos por líderes religiosos. As guerras entre protestantes e católicos na França e outros países da Europa, resultaram em milhares de morte como na Noite de São Bartolomeu.

Não falo de outras religiões judaísmo e muçulmanos, indus, etc. Por sermos de maioria cristã. O silêncio do Vaticano na segunda guerra e o apoio a Hitler e Mussolini tinha como pano de fundo a intolerância religiosa, foi no mínimo uma grande vergonha para nós. O assassinato de civis na Irlanda do Norte em 1972 por forças britânicas tinha como pano de fundo a disputa religiosa e de poder naquele território. O surgimento de seitas, a exemplos das americanas, e o suicídio coletivo como os da Guiana patrocinada pelo reverendo Jim Jones em 1976 com 913 mortos tem por pano de fundo o radicalismo religioso e a exploração dos fieis. A morte de 05 religiosos católicos na Argentina em 1976 patrocinadas por forças ligadas a ditadura militar patrocinada pelos EUA tinha por razão a opressão aos direitos civis e o abusos com o uso do poder do Estado, indevidamente usado contra quem defendia a liberdade e a vida.

No Brasil também ocorreram mortes semelhantes lembremos de Pe. Henrique assassinado em Recife por agentes da ditadura, que tem representantes ligados ao DEM e ao PSDB, alguns foram ministros e governadores biônicos, o Estado patrocinava e parte das igrejas cristãs comungavam destas ações de barbárie ao silenciarem perante elas, ou participarem indiretamente das estruturas do poder inclusive com pseudos benefícios. A perseguição à religiosos como Dom Helder Cãmara pela igreja e por militares é um bom exemplo. Mas vejamos algo mais recente a matança promovida contra sindicalistas e religiosos no Norte e Nordeste do Brasil, acentuada nas décadas passadas, cometidas por jagunços e pistoleiros a serviço de políticos e proprietários de terra, grandes grupos financeiros, conglomerados empresariais e representantes do Estado, por haver nisto interesse político e financeiro, intolerância religiosa e opressão econômica. Além dos próprios assassinatos levam ainda a condições de vidas péssimas e a muitas mortes em decorrência, e que de uma forma hipócrita e interesseira não são adequadamente denunciadas, apuradas e combatidas.

Acredito que devemos fazer uma campanha por toda a forma de preservação da vida, e buscar o diálogo com toda a sociedade para com fé, mais amor e tolerância buscar à proteção da vida. A palavra de Jesus baseia-se no amor e na caridade, não na intolerância e na violência. Acredito numa igreja renovada em Cristo não numa reedição das mazelas e perseguições do passado.

Não vamos propagar o radicalismo e a intolerância, o Estado deve representar toda a sociedade, e este dispõem de uma boa estrutura no sistema democrático, onde o poder é partilhado com a Justiça e o Legislativo e emana do povo. Ninguém fará nada unilateralmente e sem o apoio popular. Não 'podemos ser hipócritas e deixar de reconhecer as nossas falhas também, da família e da sociedade, não fechemos os olhos para as mortes de milhares de jovens em clínicas clandestinas, de crianças e adultos por fome e doenças, para a miséria e o desemprego. Não percamos a oportunidade de continuar a resgatar o povo brasileiro e distribuir renda e melhores condições de vida e dignidade humana.

Não aos boatos e ao terrorismo político e religioso!

Voto em Dilma, e peço que avalie o que escrevemos!


José Dilson

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